MPF pede suspensão da licença de obra da ponte rodoferroviária da Vale sobre o Rio Tocantins, em Marabá

  • 18/08/2025
(Foto: Reprodução)
Obra de duplicação da ponte rodoferroviária da Vale sobre o Rio Tocantins, em Marabá MPF O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para suspender a licença da obra de duplicação da ponte rodoferroviária da Vale sobre o Rio Tocantins, em Marabá, sudeste do Pará. Segundo a ação, o projeto causa impactos socioambientais graves, como queda de até 40% na renda de pescadores, contaminação da água e perda de pontos tradicionais de pesca, além de não ter realizado a consulta prévia às comunidades ribeirinhas, prevista em convenção internacional. A ação é assinada pela procuradora da República Gabriela Puggi Aguiar e também inclui o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), acusado de omissão na exigência da Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) e na fiscalização dos impactos da obra. Procurada pelo g1, a Vale disse que "não foi intimada da existência da ação", e disse que "cumpre a legislação vigente e que mantém compromissos com a execução das condicionantes ambientais e com o diálogo permanente com todas as partes envolvidas nas implantações de projetos e operações". Principais impactos relatados De acordo com o MPF, as comunidades de pescadores artesanais e ribeirinhos da região, especialmente do núcleo urbano São Félix, em Marabá, sofrem uma série de prejuízos desde o início da duplicação da ponte: redução de cerca de 40% no pescado e na renda das famílias; dificuldade de navegação e aumento dos custos de combustível; contaminação da água do Rio Tocantins, usada para consumo, banho e lavagem de roupas; perda definitiva de pesqueiros tradicionais; exclusão dos programas de mitigação e monitoramento do licenciamento. O MPF afirma ainda que a Vale tem se negado a compartilhar dados de monitoramento de pesca com os próprios pescadores e com pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), além de utilizar metodologia considerada falha no estudo da ictiofauna da região. O que pede o MPF Na ação, o órgão solicita decisão urgente que determine a suspensão imediata da licença de instalação até que a consulta prévia seja feita. Também pede que a Vale seja obrigada a: pagar uma verba mensal de, no mínimo, um salário mínimo a cada pescador atingido; fornecer combustível, gelo, embarcações e materiais de pesca para adaptação da atividade; corrigir a avaliação de impactos ambientais e garantir fiscalização da qualidade da água. Ao final do processo, o MPF pede que a licença seja declarada nula e que a Vale e o Ibama sejam condenados solidariamente a pagar R$ 100 milhões por danos morais coletivos. VÍDEOS com as principais notícias do Pará

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/08/18/mpf-pede-suspensao-da-licenca-de-obra-da-vale-em-maraba.ghtml


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